terça-feira, 30 de dezembro de 2014

UM POUCO SOBRE A DITADURA MILITAR NO BRASIL

Introdução 
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
O golpe militar de 1964
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organização populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
Este estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe comunista.

Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na Central do Brasil ( Rio de Janeiro ), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na estrutura agrária, econômica e educacional do país.

Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
GOVERNO CASTELLO BRANCO (1964-1967) 
Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República em 15 de abril de 1964. Em seu pronunciamento, declarou defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária. 
Estabeleceu eleições indiretas para presidente, além de dissolver os partidos políticos. Vários parlamentares federais e estaduais tiveram seus mandatos cassados, cidadãos tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos receberam intervenção do governo militar.
Em seu governo, foi instituído o bipartidarismo. Só estavam autorizados o funcionamento de dois partidos: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Enquanto o primeiro era de oposição, de certa forma controlada, o segundo representava os militares.
O governo militar impõe, em janeiro de 1967, uma nova Constituição para o país. Aprovada neste mesmo ano, a Constituição de 1967 confirma e institucionaliza o regime militar e suas formas de atuação.
GOVERNO COSTA E SILVA (1967-1969)
Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos Estudantes) organiza, no Rio de Janeiro, a Passeata dos Cem Mil. 
Em Contagem (MG) e Osasco (SP), greves de operários paralisam fábricas em protesto ao regime militar.
A guerrilha urbana começa a se organizar. Formada por jovens idealistas de esquerda, assaltam bancos e seqüestram embaixadores para obterem fundos para o movimento de oposição armada.
No dia 13 de dezembro de 1968, o governo decreta o Ato Institucional Número 5 ( AI-5 ). Este foi o mais duro do governo militar, pois aposentou juízes, cassou mandatos, acabou com as garantias do habeas-corpus e aumentou a repressão militar e policial.
história do brasil - ditadura militar Passeata contra a ditadura militar no Brasil   
GOVERNO DA JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)
Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). 
Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva".
No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paulo.
GOVERNO MEDICI (1969-1974)
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar.
Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares.

O Milagre Econômico
Na área econômica o país crescia rapidamente. Este período que vai de 1969 a 1973 ficou conhecido com a época do Milagre Econômico. O PIB brasileiro crescia a uma taxa de quase 12% ao ano, enquanto a inflação beirava os 18%. Com investimentos internos e empréstimos do exterior, o país avançou e estruturou uma base de infra-estrutura. Todos estes investimentos geraram milhões de empregos pelo país. Algumas obras, consideradas faraônicas, foram executadas, como a Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi.
Porém, todo esse crescimento teve um custo altíssimo e a conta deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada para os padrões econômicos do Brasil.
GOVERNO GEISEL (1974-1979)
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia. Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.

Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de 1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das grandes cidades.
Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.
GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985) 
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado.
Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).
A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.
Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.  

terça-feira, 18 de março de 2014

Comissão do Senado aprova empréstimo de R$ 20 mi ao Paraná

Gazeta do Povo
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, na manhã desta terça-feira (18), por unanimidade, empréstimo de US$ 8,5 milhões (R$ 20 milhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para o governo do Paraná. O texto segue agora para o plenário e deve ser votado hoje à tarde.
Dos três representantes paranaenses na CAE, Alvaro Dias (PSDB) e Gleisi Hoffmann (PT) votaram a favor. Roberto Roberto Requião (PMDB) não participou da sessão – está no Uruguai como membro do Parlamento do Mercosul.

O recurso será utilizado no Programa de Melhoria de Gestão Fiscal (Profisco), que pretende aprimorar os processos de arrecadação do estado.

O empréstimo é a segunda operação de crédito internacional feita pelo governo do Paraná que entra na pauta do Senado neste ano. No dia 19 de fevereiro, os senadores aprovaram uma negociação de US$ 60 milhões (R$ 141,6 milhões), também do BID, para o programa Família Paranaense.

Nos próximos dias, um terceiro empréstimo do BID, de US$ 67,2 milhões (R$ 158,6 milhões) para o programa Paraná Seguro, deve chegar ao Senado. A negociação está sendo analisada atualmente pela secretaria-executiva do Ministério da Fazenda e depois segue para a Casa Civil.

sexta-feira, 14 de março de 2014

TSE cassa mandato de deputado estadual que trocou de partido no PR

Alceu Maron Filho teve o mandato cassado pelo TRE (Foto: Sandro Nascimento / Alep / Divulgação)

G1/Paraná
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do deputado estadual pelo Paraná Alceu Maron Filho (PSDB), na noite de quinta-feira (13). A decisão, tomada por unanimidade, tem como base um processo de infidelidade partidária cometida pelo parlamentar, que deixou o PPS para ingressar no atual partido após as eleições de 2010.
A sentença corrobora entendimento semelhante do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que já havia cassado o mandato de Maron em 2013. O deputado, porém, ingressou com recurso no TSE e obteve uma liminar para permanecer no cargo até que o mérito da ação fosse julgado. Quase um ano depois, o TSE cassou a liminar e julgou procedente o pedido do PPS, que reivindicava a vaga na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para a legenda.

Aprovado na Câmara projeto que cria Vara Federal em Pitanga

Assessoria de imprensa
Com parecer favorável do relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, deputado federal Fernando Francischini (PR), líder do Solidariedade na Câmara dos Deputados, foi aprovado o projeto que cria uma Vara Federal no município de Pitanga.  Agora o texto segue para aprovação no Senado.
De acordo com o projeto, a vara contará com dois juízes (um titular e um substituto), 13 analistas judiciários e quatro técnicos. Além dos cargos efetivos, são criados um cargo em comissão e mais 13 funções comissionadas. A instalação da vara dependerá de dotação orçamentária disponível para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, responsável pelo estado do Paraná.
Segundo o STJ, a criação da nova vara se justifica devido à distância média de 116 quilômetros dos municípios pertencentes à seção judiciária da cidade de Guarapuava.
Com a vara de Pitanga, 16 municípios ficarão sob sua jurisdição, desafogando as subseções de Campos Mourão, Apucarana e Guarapuava. No total, a região abrange uma área de 11.574 m² e uma população de cerca de 200 mil habitantes.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Guto Silva lança pré-candidatura com presença de primeiro escalão do governo Beto Richa em Pato Branco


No próximo dia 15, sábado, o PSC do Sudoeste realiza seu encontro regional em Pato Branco, para filiar novos membros ao partido e confirmar a pré-candidatura do Subchefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Guto Silva, como deputado estadual. Para ungir a pré-candidatura do político patobranquense, um time de peso do governo Beto Richa vem a Pato Branco no fim de semana. O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni, o secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano do Paraná e deputado federal licenciado, Ratinho Junior, o secretário Estadual de Comunicação Social, Marcelo Cattani e o secretário Estadual para Assuntos Estratégicos, Edson Casagrande, confirmaram presença no evento deste

'Prioridade: policiais nas ruas do Paraná'

 
O novo secretário de Segurança do Paraná, Leon Grupenmacher, disse que a prioridade será manter os policiais na rua e listou algumas ações para o início da gestão. "Nós teremos o lançamento dos dados da Operação Verão, que foi um sucesso. Também vamos resolver alguns problemas com relação ao combustível  e a manutenção dos veículos que estão parados na Secretaria de Segurança. Isso é fundamental, não tem como fazer o policiamento sem combustível nos veículos". As informações de Adriana Justi do G1-PR.

Grupenmacher adiantou que o número de carros parados é mínimo, mas causa impacto em relação a população em geral. Além disso, relatou que precisa tomar ciência de alguns projetos para fazer as possíveis alterações  e dar andamento. Um dos projetos importantes, garante ele, é o da  Unidade Paraná Seguro. "Qualquer tipo de polícia que esteja no meio da comunidade vai ajudar. Nós queremos o que todo mundo sonha - sair de casa e se sentir seguro".

A transferência definitiva de presos das delegacias de polícia para as penitenciárias também será prioridade. "Delegacia não tem que ter preso sendo mantido. Nosso trabalho é investigar e prender. Quem tem que manter esses criminosos é a Secretaria de Justiça. Se as cadeias tiverem que fazer isso, não teremos como manter os policiais na rua", explica.

Fruet despenca em nova pesquisa

 
O prefeito Gustavo Fruet (PDT), principal cabo eleitoral de Gleisi Hoffmann (PT) em Curitiba, teve a terceira queda seguida nas pesquisas, tanto na aprovação pessoal quanto ao do seu governo. Levantamento do Paraná Pesquisas apontam que 47% dos curitibanos desaprovam Fruet. Em julho de 2013, 39% rejeitavam o prefeito e dezembro passado, a rejeição havia subido para 41%.

Segundo a pesquisa de março, 49% aprovam a administração de Fruet. Em dezembro do ano passado, 54% aprovavam o pedetista e em abril de 2013 esse índice era de 66%. A Paraná Pesquisa ouviu 841 curitibanos maiores de 16 anos entre os dias 6 e 9 de março. A margem de erro estimada é de 3,5% e o grau de confiança é de 95%.